Na home do site Sane Society, Espanha, entrevista com Giov. D'And., dentre 6.971 artistas. |
BIOGRAFIA
COMO VOCÊ SE DEFINE, E QUAIS SÃO AS TUAS PAIXÕES?
Sobre como me defino, depende muito do momento. É aquela "coisa" nada racional do artista. Num momento ele se sente o pior dos mortais, já noutro, o máximo dos deuses. Acho que nasci assim, mas agora estou semore bem e feliz. Acho que o momento ruim explica os altos desastres emocionais dos grandes artistas do passado. Só mesmo o equilíbrio da razão é capaz de achar o meio da corda bamba das emoções. Neste momento não me sinto um artista definível, sinto-me a própria arte.
Paixões? Todas as artes, família, amigos, esportes, alimentação saudável, natureza, livros etc. Está fora de ordem.
QUE PAPEL TEM A INTERNET NA DIVULGAÇÃO DE TUAS OBRAS?
Máxima importância. Por exemplo, a partir de uma página anterior fui descoberto pela Sane Society, e logo depois já sou convidado para esta entrevista... Não preciso dizer mais nada. Mas, vou dizer assim mesmo. Como mera suposição, acredito até que o próprio Van Gogh, mesmo não tendo vendido obras (a não ser uma para a cunhada, salvo engano) se tivesse a internet, teria brilhado em seu tempo a partir das exposições virtuais e então, teria tomado outros caminhos emocionais. Mas, ele tirou a diferença, é um dos mais renomados e caros artistas de todos os tempos... Basta pintar um quadro, colocar na internet e você poderá ser visto pelo mundo todo; já não há mais fronteiras, nem para a arte, nem para qualquer forma de expressão cultural. O mundo se tornou menor, há mais união, apesar da desunião mundial.
EM QUAL PROJETO VOCÊ ESTÁ TRABALHANDO ULTIMAMENTE E QUAIS OS TEUS PLANOS PARA O FUTURO?
O meu projeto atual é o mesmo do passado: criar, criar e criar... E, as coisas vão acontecendo. E, no futuro será o mesmo projeto de hoje: criar, criar e criar... O que eu disse acima pode parecer falta de criatividade, apesar de eu insistir em mencionar o verbo "criar". Não consigo, por exemplo, imaginar Picasso em frente aos tubos de tinta e às telas virgens, preocupando-se com o futuro, acredito sim, que ele criou incessantemente e as coisas foram acontecendo naturalmente. Projetos são válidos e necessários, mas criar é a prioridade do artista. Claro que falo de uma maneira geral que engloba alguns projetos, mas que se resumem no grande projeto da criação.
O esforço é meu, mas o resultado é da humanidade. Arte é patrimônio cultural da humanidade.
SE QUISER ACRESCENTAR ALGO MAIS... COMO POR EXEMPLO, COMENTAR UMA DAS SUAS OBRAS OU PARTICIPAR O PRÓXIMO EVENTO, SINTA-SE INTEIRAMENTE À VONTADE.
Eu prefiro aproveitar este espaço para enviar uma mensagem aos artistas e aos que pretendem seguir por este caminho, para que reflitam na responsabilidade da indução mental que qualquer tipo de arte proporciona a partir da criação do artista. No caso das artes visuais ou plásticas, por exemplo, até o título da obra é capaz de fazer a pessoa que lê, pensar desta ou daquela maneira e daí por diante... Dependendo da força da obra, ela, a pessoa, irá seguir seu dia com uma postura que foi captada a partir da obra em questão.
Entrevista realizada por Sandra Sarti - Representante do Idioma Português na Sane Society.