Choras, estorcegas na própria dor até o limite da alma e do corpo; pedes forças, oras por hábito de uma fé cega ou mesmo de uma fé racionada em alguns aspectos que foram comprovados, embora não tenha tido comprovação do todo, e por fim, exaurido no desespero, cais em desânimo. Após algum tempo, tal lendário pássaro fênix, ressurgido das próprias cinzas, tua força é recobrada, de uma maneira ou de outra; embora, às vezes, consideres que não, já que a energia vigorosa da força, não vem com um cartaz contendo os dizeres: "Eu estou aqui, sou tua força".
Queres ajuda? Tu podes te ajudar. Mas, se negas tua ajuda, frente à primeira dificuldade que sempre segue junto com a mesma ajuda, então por que oras, socorre-te com amigos e familiares e pedes força? Independente de tua conduta de recepção, com mais ou menos intensidade, a força te surgirá na mente, no coração e no corpo... E o que fazes com a força que te visitaste? Usaste no bem alheio ou pelo menos em próprio proveito? Ou apenas inebriaste teus sentidos na ilusão mundana, mas humana, que ao invés de te refazer, te liquidas o pouco de forças, que acabaras de receber ou que criaste em ti mesmo?
Não usaste bem a força recebida ou construída? Neuras psíquicas e dramalhões infindos de consciência à parte pelo passado desavisado e até pelo futuro provável ou imprevisto, já que no hoje repetes a mesmíssima experiência do recente. Então, cabe análise de onde queres chegar, pois a cada segundo mental, tu caminhas nesta ou naquela direção, com teus passos e atos, imediatamente ou pouco após... Vejas com o que sintonizas mentalmente e segues neste rumo se tu foste feliz, sem derrarmares lágrima (no singular) de ninguém, estando aqui descartadas as ilusões momentâneas. Mas se este rumo não te pareces interessante, pois já te machucaste neste caminho com a aspereza e rudeza do terreno, que nem de longe te lembraste o sonho dourado, que tanto e tanto almejaste; então aos poucos, muda tu o sentido da mesma direção, pois sempre haverá alguém a te apoiar naquilo que te pareces o maior e mais tenebroso dos desesperos.
Quanto às palavras acima, se e quando elas te fizerem refletir a ponto de marejares os olhos e ofegares em perturbações psíquicas, alterando o ritmo cardíaco, num descompasso ruidoso, então me perdoes por mais esta vez, que provavelmente não será a última se continuares no mesmo caminho de progresso a que me propus, dentro de minhas possibilidades. Peço desculpas, muito embora não me preocupe com o que alguns insinceros dirão, de que falo nos moldes do "doa a quem doer", pois somente os amigos sinceros, abrir-te-ão, enquanto é tempo, os olhos e os caminhos, para a felicidade duradoura. Afinal, não estou aqui meramente para te agradar, mas antes, para ajudar em tudo que estiver ao meu alcance, respeitando a prioridade social em relação à individual...
