A arte mais bela é o amor ao próximo.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Decifrando o Quociente Emocional, por Giov. D'And.



Decifrar o Quociente Emocional e se portar com ações positivas é sinônimo gradual da felicidade. Não há felicidade interna (que independe de fatores externos) sem se portar de uma maneira saudável que traz a cura ou mantém o equilíbrio da forma de pensar e, quem sabe, até do cérebro físico, dependendo do seu processo de cura natural. A tabela imaginária, abaixo descrita, é sinônimo com a exatidão progressiva de cada um de nossos pensamentos e atos em cada assunto. Já, atitudes negativas, consideradas aqui abaixo do zero, que representa a neutralidade dos pensamento e atos de cada assunto, pelo contrário, nos leva à doença e desequilíbrio da forma de pensar e que pode refletir em doença física em data perto ou distante, esteja você onde estiver.

Autorretrato da Humanidade, Giov. D'And.
Isso é encargo pessoal: Só você pode trabalhar pelo equilíbrio e sanidade do seu pensamento, durante todo tempo de sua existência, esteja você onde estiver.

A priori e no básico, temos que Quociente Intelectual (Q.I.) está mais ligado ao processo cognitivo que envolve a percepção das informações, a concatenação de ideias e a memorização do que apreendeu a partir dos sentidos, considerando a relatividade dos valores e que Quociente Emocional (Q. E.) é a habilidade de lidar com as emoções intrapessoais (como lido com minhas emoções?) e interpessoais (como me comporto diante das emoções alheias?). Óbvio que em cada ato de nossa conduta será sempre difícil analisar o que nos motivou da parte do intelecto (Q.I.) e da parte da emoção (Q.E.).

Numa observação a respeito de nosso intelecto, somados o Quociente Emocional (Q.E.) com nosso Quociente Intelectual (Q.I.), independente do que esses termos e teorias representam, mais exatamente somando tudo que representa a questão intelectual com a questão emocional do ser humano (além das percepções ditas espirituais e de nossa capacidade de adaptação), colocamos algumas frases como uma situação neutra, com a negativa antes de um verbo que coloca uma ação. Ou seja, salvo exceção (por exemplo, quando deixamos de cuidar de algo ou de alguém), não precisamos nos mexer para:

Não fazer ninguém derramar nem uma única lágrima.

Não causar nenhum único dissabor de qualquer forma em ninguém.

Não incomodar ninguém em nenhuma circunstância.

No caso das três frases acima o NÃO FAZER É O MÍNIMO EXIGIDO numa vida social de boa qualidade e, ainda assim, não representa que estamos emocionalmente em equilíbrio, embora pessoas com emoções em equilíbrio adotem naturalmente essa postura de vida.

As frases acima não refletem uma ação, um fazer, e sim uma não ação, um não fazer. Então, não podemos falar em uma conduta positiva e sim em uma conduta mais perto do que traz a ideia de "estático". A ação ou a não ação que não constrói e também não destrói nada nem ninguém, eu considero como sendo neutra no sentido emocional. 

Para facilitar a compreensão, consideremos uma pontuação de -10 a 10; por óbvio, construir algo, emocionalmente, é uma conduta positiva, que consideramos pontuadas de 1 a 10, e, por outro lado, destruir algo, sem motivo justo (como por exemplo, em uma legítima defesa justa), emocionalmente falando, é uma conduta negativa, que consideramos pontuadas de -1 a -10. Nessa escala, quanto mais próximo do nível 10, estaremos com o Q.E. mais equilibrado e feliz e mais próximo do -10, o extremo do inverso. Se o mesmo nível de conduta se repete, então, no todo, estaremos mais perto da numeração que representa a conduta isolada que se repete por mais vezes. Claro que não teria como pontuar cada conduta, sendo esta tabela um auxílio para nosso pensamento sobre nós mesmos.

Reparem que muitos de nossos comandos sociais (e jurídicos) datam da antiguidade, como vemos em bom exemplo com Moisés. Aqui não vai nenhuma apologia, antes, somente uma informação de que há escritos nesse sentido e que aconselha esse não fazer para melhor desenvolvimento social, que entendemos como a base de qualquer tipo de felicidade, que reflita sincera e verdadeiramente num quociente emocional equilibrado e feliz (ideia que não tem a ver com a satisfação dos sentidos ou alimentação dos vícios). Inclusive, já há alguns escritos nesse sentido de que a verdadeira paz na consciência a partir do dever bem cumprido é o nosso melhor descanso cerebral que traz o melhor nível de felicidade (é o "paraíso", o "céu" mental, já o inverso nos leva ao "inferno" mental). 

Nosso Q.E. é revelado, salvo exceções, com muita simplicidade, descartadas as circunstâncias de vida, considerando apenas nosso cérebro, que: o infeliz infelicita, o feliz felicita

Num bom exemplo livresco, tomemos as tábuas de pedra contendo os dez mandamentos, que separamos alguns comandos relacionados à preceito de ética ou normatização de crimes. Sabemos que há variações de tradução e descartamos ideias sobre origem, veracidade, fidelidade na tradução etc.

Não matarás. Êxodo 20:13;

Não adulterarás. Êxodo 20:14;

Não furtarás. Êxodo 20:15;

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Êxodo 20:16;

Não cobiçarás a casa do teu próximo Êxodo 20:17.

É certo, numa escala de -10 a 10, que o nível 0 é a não movimentação que não constrói nem destrói Ou seja, não precisamos fazer nada, não precisamos nos mexer em nenhuma direção. Analisemos dois comandos: Não matar e não cobiçar (neste último, em geral nos remetemos a não invejar), são condutas de nível de Q.E. nota 0. Matar e invejar são condutas de nível de Q.E. nota abaixo do 0 e o inverso - Vivificar (trazer saúde) e admirar (diferente da inveja, sem malícia nem interesse) são condutas de nível de Q.E, nota acima do 0.

Zero é a neutralidade, mas é o suficiente para vivermos literalmente a paz social e por consequência pessoal, no que couber este assunto. Ou seja, não nos foi pedido nenhuma conduta. Apenas, tivemos um comando costumeiro de inércia. Isso não representa emocionalmente o que podemos chamar de "amor ao próximo" (diferente de empatia), pois nada fizemos em direção a alguém, para estarmos na pontuação de 1 a 10.

No caso de matar (crime), a pontuação vai de -10 a -1 e no caso de não matar alguém (pontuação 0) cujo motivo seja emocional. Pontuação abaixo de 0, para qualquer assunto, sempre caminha em direção à doença, mesmo que imperceptivelmente, seja na nossa mente no nosso corpo ou em ambos. Se considerarmos nossa conduta durante alguns anos ou décadas, o que acontecerá com nosso cérebro e corpo? Em escrito científico, caberia essa pergunta: Se considerarmos nossa conduta durante alguns milênios, o que acontecerá com nosso cérebro e corpo?

Se for o caso de matar alguém por legítima defesa sem excesso, a pontuação é positiva e vai de 1 a 10 (nutrindo nosso estado emocional num processo de autocura ou melhora qualquer), dependendo das dificuldades ou até, se for o caso, se for mais de uma pessoa (não vítima, mas, por exemplo, se viesse mais de uma pessoa nos matar ou a alguém que podemos proteger).

MEU LEMA

NUNCA: Cometer crime, apenas, se for o caso, utilizar da legítima defesa sem excesso de qualquer forma (pontuação emocional mais intelectual de 1 a 10, que traz felicidade).

Num outro exemplo, falar inverdade (mentira) colocamos como abaixo do 0 do Q.E., enquanto não mentir nem falar a verdade quando necessário ou voluntariamente (diferente do silêncio) se pontua com zero. Já, falar a verdade vamos de 1 a 10, se somarmos com explicações e certeza de termos sido compreendidos. Eu, por mim, costumo pensar que tenho inteligência (Q.I.) mais do que suficiente para não precisar mentir, nem mesmo para obter qualquer tipo de lucro (financeiro ou não). Aqui, somei na minha vida particular os dois quocientes.


Como melhorar nosso quociente emocional?

Além das práticas mais comuns de manter a calma, dominar as emoções, parar e refletir antes de agir (para não agir "no calor das emoções", gerenciar o autoconhecimento etc; prefiro mais a "reforma íntima". É uma expressão usual, que entendi melhor como sendo "ser hoje moralmente melhor do que ontem e amanhã, moralmente melhor do que hoje" ou estar melhor moralmente a cada segundo do dia, como um processo automático de corrigir erros morais. Considero a "reforma íntima", como o melhor método de melhora do Q.E. na direção da felicidade real (nós conosco mesmos a sós, sem teatros em conversas infindas sobre o assunto). A reforma íntima real é de si para consigo e fora dela não há felicidade mental, nem mesmo com um alto potencial de Q.I. (quociente intelectual).

Quociente Emocional extremamente equilibrado, nota máxima, é sinônimo de felicidade plena (diferente de ficar sorrindo) que satisfaz mesmo quando as circunstâncias são adversas.

Um comentário:

O monólogo do artista passa a estabelecer diálogo com o público quando sua arte é comentada...