Giov. D'And.
Não vos orgulheis do que sabeis, pois esse saber tem limites bem estreitos no mundo e no setor artístico que atuais. Mesmo supondo que sejais uma das sumidades na Terra, não tendes nenhum direito de vos envaidecer por isso. Se nascestes num meio onde pudestes desenvolver vossa arte, as circunstâncias quiseram que fizésseis uso dela para o bem de si e de todos. Esta é uma missão que vos permitísseis, ao colocar em vossas mentes a ideia com a ajuda da qual podereis desenvolver, a vosso modo, os corações menos sensíveis e conduzi-los à verdade e a bondade.
A natureza do material, ou do imaterial, não indicam o uso que deles se devem fazer?
O pincel e a tinta para o pintor?
A sapatilha e o ritmo para a bailarina?
O cinzel e o mármore para o escultor?
A caneta e o papel para a escritora?
O instrumento musical e a melodia para o músico?
O enredo e a memória para a atriz?
A enxada que o jardineiro coloca nas mãos de seu aprendiz não lhe mostra que ele deve cavar?
O pincel e a tinta para o pintor?
A sapatilha e o ritmo para a bailarina?
O cinzel e o mármore para o escultor?
A caneta e o papel para a escritora?
O instrumento musical e a melodia para o músico?
O enredo e a memória para a atriz?
A enxada que o jardineiro coloca nas mãos de seu aprendiz não lhe mostra que ele deve cavar?
A arte é rica de méritos para o futuro, desde que bem empregada. Se todos os homens talentosos dela se servissem conforme a reta e sã consciência, a tarefa dos “Trabalhadores Ocultos do Universo” seria fácil, para fazer a humanidade avançar. Infelizmente, muitos fazem dela um instrumento de orgulho e de perdição para eles próprios. O homem abusa de seu talento para a arte como de todas as suas outras capacidades e, entretanto, não lhe faltam lições para adverti-lo de que um poderoso sopro pode facilmente lhe retirar tudo aquilo que lhe deu, inclusive a intuição artística.
Releitura do texto “Missão do Homem Inteligente na Terra”.
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O monólogo do artista passa a estabelecer diálogo com o público quando sua arte é comentada...