A arte mais bela é o amor ao próximo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Algo Sobre Piero della Francesca

Madonna di Senigallia 2º Piero della Francesca, Giov. D'And., AsT, 80x64cm.
 
Representante do Quattrocento italiano, entre 1410 a 1420, nasce Piero em Borgo San Sepolcro, Toscana. Em 1439 vai para Florença trabalhar no atelier do pintor Domenico Veneziano. Torna-se conselheiro municipal em sua cidade de origem, em 1442. Em 1445 recebe a encomenda de um retábulo pela Confraria da Misericórdia de Borgo San Sepolcro. Pouco mais tarde viaja a trabalho por Ferrara e Urbino. Em 1452, aceita seu principal trabalho: pintar os afrescos da igreja de San Francesco, em Arezzo. Em 1454 surge a decoração de outra igreja, dos Irmãos de Santo Agostinho, em sua cidade natal. Em 1459 vai a Roma a serviço do Papa Pio II, após, volta a Arezzo para terminar os afrescos de San Francesco. Hospeda-se, em 1469, na casa de Giovanni, pai de Rafaello Sanzio. Em 1480 chefia a Confraria de São Bartolomeu. Morre em Borgo San Sepolcro, em 12 de outubro de 1492. A genialidade matemática de Piero não tardou dar mostras também como teórico da arte, na elaboração de “Trattato de ábaco”, manual de aritmética com problemas de álgebra e geometria. Já “De prospectiva pingendi”, em latim, esmiúça as leis de perspectiva, e, “De quinque corporibus regolaribus” trata dos corpos sólidos regulares. Nos afrescos de San Francesco, della Francesca, executa o...

Ciclo da Santa Cruz, que tem seu início nas vésperas da morte de Adão, onde seu filho Seth obtém de um anjo um ramo do qual escorrerá o óleo da salvação, mas somente após cinco mil e quinhentos anos. Como Adão morre, sem a salvação, Seth planta o ramo sobre sua tumba, e da árvore nascida Salomão tenta, inutilmente, construir um templo, então, o tronco é levado para o rio Siloé para servir de ponte. De passagem, a rainha de Sabá tem uma premonição e se ajoelha para venerá-lo, quando diz a Salomão que do lenho virá o fim do reino dos hebreus. Salomão enterra o madeiro na esperança de mudar o curso do destino. Mas, vindo à tona, é empregado na construção da cruz, na qual Jesus foi crucificado. Trezentos anos depois, na batalha contra Maxêncio, Constantino sonha com um anjo que o exorta a combater sob o signo da cruz. Constantino vence e torna-se imperador de Roma; depois se converte e envia a Jerusalém sua mãe, a imperatriz Helena, para buscar o lenho da verdadeira cruz. Somente o hebreu Judas sabe onde este se encontra. Não querendo falar, Helena o joga num poço, e, retirado após sete dias, ele revela que a cruz está enterrada sob o templo de Vênus. Helena destrói o templo e aparecem as três cruzes do Calvário. Para se reconhecer a verdadeira, elas são levadas até um jovem morto, que com o toque na cruz de Jesus o jovem ressuscita (ver foto abaixo). Então, Helena a reconduz até Jerusalém. 

 Verifica della Vera Croce, Giov. D'And., AsT, 70x70cm.

Após mais trezentos anos a cruz é roubada pelo rei persa Cosroés, que a põe num altar para adorá-la. Heráclito, imperador do Oriente, guerreia contra Cosroés, decapitando-o; retorna a Jerusalém e se defronta com as portas da cidade fechadas. Exortado por um anjo, imita a humilde entrada de Cristo em Jerusalém, e, as portas se abrem. A cruz é, finalmente, devolvida ao Santo Sepulcro.

(foto em breve)
A Vida de Cristo 2º Piero della Francesca, Giov. D'And., 50x40cm.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O monólogo do artista passa a estabelecer diálogo com o público quando sua arte é comentada...